26/03/2020
A crise que se abateu sobre todos os setores da economia, por conta do Covid-19, impacta, de forma ainda mais intensa, o setor de transporte urbano, em especial as empresas de ônibus.
Apesar de o setor ter consciência da importância de cuidar da saúde da população e dos seus colaboradores, a redução drástica do número de passageiros (seja pelo isolamento social imposto pelas autoridades que diminuiu enormemente a circulação de pessoas, seja pela obrigatoriedade da redução em 50% do número de passageiros nos ônibus) coloca em risco a manutenção do sistema como um todo.
No modelo econômico das empresas de ônibus, a receita que entra “na roleta”, diariamente, é o que mantém a compra do óleo diesel, necessário para os carros circularem, e o pagamento de funcionários, os dois principais insumos do setor. O giro de capital é intensivo e necessário para que o sistema se mantenha saudável.
Com as últimas decisões do poder concedente, em especial do Governo Estadual, que veta a circulação de transporte intermunicipal de passageiros e reduz o número de passageiros ao máximo de 50%, sem contar com a diminuição natural de clientes advinda da quarentena, as empresas estão vendo a receita despencar assustadoramente, tornando difícil para algumas até a compra do combustível.
Na região do Setrerj – Niterói, São Gonçalo, Tanguá, Itaboraí e Maricá – estima-se uma queda de 1,2 milhões de passageiros por dia se somadas as linhas das 29 empresas associadas. Atualmente, estas empresas empregam cerca de 15 mil colaboradores. O Setrerj e suas associadas entendem que, para passar por essa crise tão difícil para todos, mantendo os empregos e os ônibus circulando, precisará de suporte do Governo, como já acontece em São Paulo e com outros setores em todo o país.
Em Niterói já houve um movimento. O Setrerj e a Prefeitura abriram um canal de comunicação e estão estudando ações para superarem esse momento.
Ao final de tudo isso, esperamos que todos estejam mais fortes para a reconstrução do Brasil.
Compartilhe: