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19/11/2019

Sustentabilidade e Compliance: Empresas entre responsabilidade social e exigências legais crescentes


Eschborn, Alemanha

Por Susanne Friedrich e Bega Tesch

Em 27 de setembro de 2019, a conferência anual da Rede Alemã de Ética Empresarial (DNWE) e o Quarto Debate Global da Câmara de Comércio Internacional (ICC Alemanha) aconteceram na GIZ Eschborn em cooperação com o projeto global Alliance for Integrity. Sob o título “Repensar a responsabilidade corporativa – o que realmente importa em compliance e sustentabilidade”, cerca de 150 representantes de empresas, comunidade científica, setor público e sociedade civil discutiram estratégias de negócios sustentáveis, compliance e inovações digitais na cadeia de fornecedores.

O Dr. Heinz-Michael Hauser, Diretor da Unidade de Compliance e Integridade da GIZ, deu as boas-vindas aos participantes e enfatizou a relevância do tema do evento devido ao aumento das exigências de conformidade para as empresas. “Para garantir a viabilidade futura das empresas, a sustentabilidade deve se tornar uma vantagem competitiva. Ele destacou a participação da GIZ no Plano de Ação Nacional para Implementação dos Princípios das Nações Unidas para as Empresas e os Direitos Humanos (NAP, na sigla em alemão) Plano Nacional de Ação e Direitos Humanos do Governo Federal (Nationaler Aktionsplan Wirtschaft und Menschenrechte, NAP) e mencionou o trabalho da Alliance for Integrity, que fortalece a transparência e a integridade nos negócios através de uma parceria multi-stakeholder.

O Dr. Oliver Meinecke, vice-chefe do Departamento de Cooperação Econômica e Política Econômica Sustentável do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ), enfatizou que a criação de condições de trabalho decentes é o desafio central do século XXI. O NAP é um quadro jurídico necessário para responsabilizar as empresas e torná-las juridicamente responsáveis pela sua cadeia de valor global. Como exemplo da implementação concreta do NAP, Meinecke citou o rótulo têxtil recentemente introduzido pelo BMZ, “Grüner Knopf” (botão verde).
Muitos representantes da comunidade empresarial, por exemplo, da Daimler, Bosch, Siemens e Bilfinger, participaram ativamente nos painéis de discussão e workshops subsequentes. Eles saudaram requisitos legais claros, e apontaram que estes devem levar em conta os diferentes modelos de negócios e cadeias de fornecedores.

Os participantes concordaram que a sustentabilidade deve ser uma preocupação central de todos os atores sociais, incluindo o setor privado. Uma cultura de integridade e transparência nas cadeias de fornecimento, incorporando a utilização de tecnologias digitais, traz uma contribuição importante neste contexto. No entanto, não se chegou a um consenso sobre as questões relativas aos limites da responsabilidade empresarial e ao prazo em que as empresas devem assumir a sua parte.

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