Fetranspor: Retomada gradativa do abastecimento

A Fetranspor informa que, com a retomada gradativa do abastecimento de combustível com o apoio das forças de segurança, as empresas de transporte estão cada vez mais próximas de normalizar a operação em todo o Estado.

Nesta terça-feira, a frota em circulação está em torno de 60%, com a perspectiva de aumento durante o dia, garantindo o atendimento à população.

A continuidade do abastecimento é imprescindível para a regularização dos estoques de óleo diesel das empresas e a manutenção do serviço de transporte público em todo o Estado.

Fetranspor: Mobilidade Notícias nº 56

NTU alerta à necessidade de garantia do abastecimento de diesel para normalizar serviço de ônibus

Redução no preço e maior prazo no reajuste do diesel são pontos positivos do acordo firmado com o governo

Apesar do acordo firmado com o governo, que garantiu a redução no preço do diesel e maior prazo para os reajustes, o setor de transporte público por ônibus urbano ainda enfrenta dificuldades para normalizar o serviço diante do desabastecimento do óleo diesel.

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que participou da reunião da última quinta-feira, na Casa Civil, tem a expectativa de que a situação do abastecimento do combustível se normalize o mais rápido possível, mas entende que será necessário empenho das autoridades nos estados e municípios para priorizar o transporte público e assegurar a prestação desse serviço de natureza essencial à população. As empresas estão em contato direto com a NTU, informando os esforços empreendidos para manter os ônibus nas ruas; várias cidades já retomaram o serviço, mas muitas ainda operam com frota reduzida devido à falta de diesel.

“O transporte público segue operando com frota reduzida, isso está sacrificando toda a sociedade. Nosso desejo é que o abastecimento se normalize o mais rápido possível. A greve já cumpriu seus objetivos e o país merece voltar à normalidade; apelamos aos caminhoneiros autônomos por essa compreensão”, afirma o presidente executivo da Associação, Otávio Cunha.

Assim como os caminhoneiros, o setor de transporte público por ônibus urbano também vinha  sofrendo com a política de preços da Petrobras e considera um avanço a redução no preço do diesel na refinaria, de R$ 0,46 por 60 dias, que neutraliza os reajustes no preço desse combustível nos últimos meses, bem como a periodicidade maior para as correções de preços, que passam a ser mensais, permitindo  um mínimo de previsibilidade para as empresas operarem.

Para a NTU, que tem como bandeira histórica a luta por uma política de preços diferenciados para o setor, essa proposta permanece na pauta. “A NTU continuará trabalhando pela busca de um preço diferenciado do óleo diesel para o transporte público por ônibus, como vem fazendo há mais de 20 anos”, afirma Otávio Cunha. Ele destaca que o transporte público é um direito social assegurado na Constituição, assim como saúde e educação.

Segundo Otávio Cunha, o preço do diesel sempre esteve acima do preço da gasolina. “Nosso levantamento recente mostra que de 1999 a 2018 o diesel aumentou 193,07% a mais que a gasolina e 248,8% acima do IPCA (inflação). Isso é incompreensível no país em que a economia está voltada para o transporte rodoviário de cargas e passageiros”, avalia o presidente.

Fetranspor: Comunicado sobre desabastecimento de óleo diesel

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro  (Fetranspor) informa que o desabastecimento de óleo diesel atingiu, nesta quarta-feira, um ponto extremamente crítico para a operação das empresas de transporte público, provocando impactos diretos na circulação dos ônibus em todo o Estado.  Levantamento realizado, nesta manhã, estima em até 40% o percentual da frota que não foi para as ruas por indisponibilidade de combustível, comprometendo o transporte de passageiros, especialmente na Região Metropolitana.

Desde a noite de terça-feira, as empresas estão buscando alternativas para superar o desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros, que impede a reposição dos estoques de combustíveis nas garagens, um serviço essencial à operação que é realizado diariamente. Na tentativa de manter o transporte, os ônibus estão sendo abastecidos, em caráter emergencial, em postos de gasolina, já que as reservas de óleo diesel nas empresas estão completamente comprometidas, com previsão de se esgotarem em até 24 horas.

O cenário para quinta-feira pode ser agravado caso o abastecimento não seja normalizado, levando à retenção nas garagens de um número maior de ônibus, podendo atingir até 70% da frota. O consumo de óleo diesel chega a 2 milhões de litros por dia em todo o Estado.

A alta no preço do óleo diesel é um fator que preocupa também o setor de transporte público e pode causar sério impacto para a população. De 2017 para 2018, foram registrados reajustes de 40% no valor do combustível. Trata-se do insumo de segundo maior peso no custo de operação das empresas de transporte público.